EventosAcessibilidade para seu consultório
Promover acessibilidade requer a eliminação dos diversas barreiras que impedem as pessoas com necessidades especiais de realizarem atividades na sociedade, em condições similares aos demais indivíduos.
Quando você, paciente, entra em um consultório odontológico, nota peças de comunicação com letras em um bom tamanho, corredores largos e balcões baixos? E quando você, profissional de saúde, ao entrar em seu local de trabalho todos os dias já imaginou se o seu espaço atende as necessidades das pessoas com deficiência?
“Não é viável fazer tantas mudanças por um público pequeno”, alguns podem dizer. Acontece que a acessibilidade é um direito, protegido por lei.
A parcela que se beneficia com a acessibilidade é bem maior do que pensamos, representa 23,9% de toda a população do nosso país.
Ainda não são todos os profissionais de saúde que promovem a acessibilidade nos seus consultórios. Se este é o seu caso, saiba que ainda há formas de tornar seu consultório mais acessível. Veja a seguir.
O QUE É ACESSIBILIDADE
Acessibilidade é a possibilidade de acessar um lugar, serviço, produto ou informação de maneira segura e autônoma, sem nenhum tipo de barreira, beneficiando a todas as pessoas, com ou sem deficiência, em todas as fases da vida.
Mas todos conseguem acessar os lugares e serviços da mesma forma?
A saúde jamais deve ser negligenciada. Você já imaginou a dificuldade e o constrangimento de entrar em um lugar em que ninguém consegue de se comunicar com você, de transitar no ambiente, ou com incômodos sonoros ou visuais? Pessoas com deficiências encontram essas barreiras em quase todos os consultórios. Neste cenário é fácil entender porque não é comum para essa parcela da população a visita regular ao dentista.
Por isso é importante implantar a acessibilidade, estruturando os espaços e serviços que derrubem as barreiras de acesso a essas pessoas.
FORMAS SIMPLES DE TORNAR SEU CONSULTÓRIO ACESSÍVEL
ACESSIBILIDADE DE COMUNICAÇÃO
A acessibilidade começa com a clareza de informações. Por isso, tente sempre se colocar no lugar da pessoa que procura seus serviços. Um exemplo: ao pesquisar no Google “consultório de ortodontia acessível na minha cidade”, você aparece na busca? Caso não, atualize seu site e redes sociais para que as pessoas possam encontrá-lo.
Assim como a comunicação digital, a visual também merece atenção. Os panfletos do seu consultório devem contar com letras grandes e com bom contraste ter ao menos um exemplar em braile. Da mesma forma, as sinalizações indicando bebedouros e banheiros com letras grandes.
Por fim, temos a comunicação pessoal. Geralmente, o paciente com baixa visão prefere que o profissional narre o uso de instrumentos e relate os desconfortos e dores que vão ocorrer durante o procedimento. Já o paciente com baixa audição tem o benefício de entendimento quando o profissional utiliza a linguagem de sinais ou a máscara com visor para possibilitar a leitura labial.
ACESSIBILIDADE DO AMBIENTE
Corredores estreitos e escadas? Sim, estes são os inimigos clássicos da acessibilidade predial. Além desses problemas, há outro desafio como balcões muito altos na recepção. Optar por ter uma parte mais baixa no balcão favorece o atendimento, assim como em bebedouros e demais mesas.
Acessibilidade para entrar nos estabelecimentos, como vagas especiais e rampas, são medidas já estabelecidas em lei que não devem ser esquecidas.
Outro ponto de atenção pouco observado nos consultórios é a atenção a ruídos, odores e luz excessiva. Alguns pacientes têm muita sensibilidade a estes elementos. Que tal perguntar sobre estas sensibilidades na ligação para marcar a consulta?
Tornar o atendimento acessível é o primeiro passo para universalizar a saúde em nosso país. Imagine a experiência de marcar uma consulta, entrar no consultório e o atendimento ortodôntico com a perspectiva de públicos distintos. Como empreendedor este é um exercício básico para garantir a satisfação do seu paciente e um relacionamento positivo com ele.
Melhorar os processos humanos, adaptar os ambientes de acordo com as normas vigentes e, mais ainda, com o que você imagina que melhoraria a experiência de pessoas com necessidades especiais. Converse com os seus pacientes sobre as dificuldades deles não só no seu consultório, mas em todos os lugares. A comunicação ainda é o passo mais importante para um relacionamento benéfico e duradouro.
